domingo, 5 de janeiro de 2014

Oficina Cultura Negra no IERS em 18.10.13

   Licenciandos: Ana Lucia Mateus,  Janaína,   Luiza Maria da Silva e   Marcos Vinicius
 OFICINA: A importância do negro na formação da sociedade nacional: valorização dos heróis afrodescendentes
§  Introdução
           Esta oficina pedagógica constitui-se em um espaço, no qual os seus integrantes discutem a temática A importância do negro na formação da sociedade nacional: valorização dos heróis afrodescendentes brasileiros que quebraram barreiras e venceram obstáculos. O objetivo deste trabalho é servir como instrumento didático-pedagógico para as futuras profissionais da educação, que por ora, são o nosso  público alvo.
         As reflexões que ocorrerão nesta oficina visam despertar a curiosidade, aguçar o interesse, estimular a admiração pelos nossos heróis famoso ou desconhecido, com a finalidade de celebrá-los, e assim, criar referências para os africanos e afros descendentes. 
§  Tema: Identidade §  Duração: 5 horas
§   Objetivos:  Gerais:
- Apreciar a contribuição de algumas personalidades negras nas áreas: social, econômica e políticas pertinentes à história do Brasil.
-Conhecer a contribuição do trabalho, dos africanos e afrodescendentes, para o desenvolvimento de nosso país.
- Valorizar a autoestima dos adolescentes negros.
           - sensibilizar as futuras docentes na tomada de consciência sobre a importância da inserção da Lei 10.639/03 nos currículos escolares e nas práticas docentes
Específicos:  
- Identificar e valorizar a importância dos saberes dos negros na formação da sociedade nacional.
- Dramatizar texto biográfico de descendentes afro-brasileiros notáveis.
            - identificar negros (as) que foram e ou são protagonistas no cenário brasileiro.
            - Relacionar negros (as) que foram e ou são protagonistas no cenário brasileiro.

§  JUSTIFICATIVA 
Alicerçados e amparados pela lei 10.639 de 9 de janeiro de 2003, urge o trabalho de resgatar e dar visibilidade aos “Heróis anônimos da nossa história” que quebraram barreiras, venceram obstáculos e lutaram por uma vida melhor para todos. Faz-se necessário trazê-los para dentro dos espaços culturais e educativos. Ler, sim, mas também escutar, ver, assistir, participar e perceber o quanto os trazemos dentro de nós. O quanto esses homens e mulheres conhecidos ou não contribuíram para a formação da cultura nacional. E, assim, despertarmos o orgulho da nossa africanidade. Cumpre por uma questão de justiça  celebrá-los. e assim criar referências emponderadoras para os africanos e seus descendentes afro descendentes 
§  CONTEÚDOS 
- África berço da humanidade e do conhecimento.
- Contribuições dos africanos para a humanidade.
- Os Impérios africanos e seus saberes.
- Navio negreiro – tráfico de africanos para as Américas.
A importação de mão de obra africana especializada.
- Heróis negros da nossa história. 
§  Recursos didáticos
- Papel 40 kg para confeccionar cartaz,   hidrocor,  retroprojetor;  xerox,  caixa de som;
            -  computador com acesso a internet;   data show;
 §   organização das atividades  - Operacionalização
 As atividades da oficina têm a duração de cinco horas. Para se garantir uma melhor utilização do tempo, prevê-se que essas atividades se desenvolvam conforme estão apresentadas no quadro a seguir:

Ordem
Atividade
Tempo



1

Abertura e acolhimento
·         Apresentação dos mediadores e dos participantes.
·         Apresentação do tema e dos objetivos da oficina.
·         Apresentação e discussão das atividades da oficina.

10 min


2

Resgate de conhecimentos prévios sobre o tema
·         Aquecimento: Nome e qualidade
- Falar o próprio nome e uma qualidade, depois dizer em dizer em voz alta o nome e uma qualidade de um personagem negro (artista, atleta ou herói) que conheça.

20 min






3
 Consolidando saberes: um pouco de fundamentação
·         África berço da humanidade e do conhecimento
·         Contribuições dos africanos para a humanidade
·         Medicina dos faraós
·         Impérios africanos
·         As rotas do tráfico de escravos africanos para as Américas e Brasil
·         Vídeo – Navio negreiro – Tráfico de africanos para as Américas
·         Video – Trabalho e escravidão – museu afrobrasil
·         Ex- escravizados  no período pós libertação
·         Anúncios da época colonial-  cada  cursista lê um anúncio.
·         Leitura e comentário sobre texto  de PEIXOTO, Ricardo Corrêa. Mucamas, Criadas ou Domésticas: sinônimos de uma história de exclusão.








60 min





4
 Formação dos grupos de trabalho (GT) e distribuição das tarefas
·         1)Música para cantar, dançar e comentar : Mama África de Chico César

·         2) Disponibilizar a biografia de afrodescendentes que realizaram grandes feitos. Convidar os cursistas para ler algumas e escolher uma para apresentar para o grupo. A atividade será feita em forma de leitura teatralizada por uma pessoa ou em grupo na forma de jogral.
60 min
5
Intervalo
30 min

6
1)Apresentação da biografia de um herói afrodescendente na forma de leitura teatralizada ou de jogral por um grupo, à escolha, do cursista.
2) Apresentar também um acróstico com o nome do personagem apresentado
60 min


7
·         Plenária final - Reflexão
1)      Fazer o “Teste do Pescoço” para saber se existe racismo no Brasil.
2)      Debate sobre a maneira e a importância de trabalhar as relações étnicas no ambiente escolar.
3)      O mediador deve promover um rodada de participações dos cursistas. 

30 min
8
·         Avaliação
20 min
9
·         Encerramento
10 min
 PROCEDIMENTOS DE TRABALHO
 A oficina deve ser realizada de acordo com os seguintes procedimentos:
 Atividade 1 – 10 min Abertura e acolhimento
·         Apresentação dos mediadores e dos participantes.
·         Apresentação do tema e dos objetivos da oficina.
·         Apresentação e discussão das atividades da oficina.
Atividade 2 – 20 min
          Resgate de conhecimentos prévios sobre o tema
·         Aquecimento: Nome e qualidade - Falar o próprio nome e uma qualidade, depois dizer em dizer em voz alta o nome e uma qualidade de um personagem negro (artista, atleta ou herói) que conheça.
 Atividade 3 – 60 min     
Consolidando saberes: um pouco de fundamentação
·         África berço da humanidade e do conhecimento
·         Contribuições dos africanos para a humanidade
·         Medicina dos faraós
·         Impérios africanos
·         As rotas do tráfico de escravos africanos para as Américas e Brasil
·         Vídeo – Navio negreiro – Tráfico de africanos para as Américas
·         Video – Trabalho e escravidão – museu afrobrasil
·         Ex- escravizados  no período pós libertação
·         Anúncios da época colonial-  cada  cursista lê um anúncio.
·         Leitura e comentário sobre texto  de PEIXOTO, Ricardo Corrêa. Mucamas, Criadas ou Domésticas: sinônimos de uma história de exclusão.Atividade 4 – 60 min
                                                      Formação dos grupos de trabalho (GT) e distribuição das tarefas
·         1)Música para cantar, dançar e comentar :
 Mama África de Chico César Mama África –p Chico César
·         2) Disponibilizar a biografia de afrodescendentes que realizaram grandes feitos. Convidar os cursistas para ler algumas e escolher uma para apresentar para o grupo. A atividade será feita em forma de leitura teatralizada por uma pessoa ou em grupo na forma de jogral
 Atividade 5 – 30 min ·         Intervalo Atividade 6 – 60 min 
·         Apresentação da biografia de um herói afrodescendente na forma de leitura teatralizada ou de jogral por um grupo, à escolha, do cursista.
·          Apresentar também um acróstico com o nome do personagem apresentado 
Atividade 7 – 60 min 
Plenária final - Reflexão
4)      Fazer o “Teste do Pescoço” para saber se existe racismo no Brasil.

Faça o 'teste do pescoço' e saiba se existe racismo no Brasil

Aplique o Teste do Pescoço em todos os lugares e depois tire sua própria conclusão. Questione-se se de fato somos um país pluricultural; uma Democracia Racial

1. Andando pelas ruas, meta o pescoço dentro das joalherias e conte quantos negros/as são balconistas;
2. Vá em quaisquer escolas particulares, sobretudo as de ponta como; Objetivo, Dante Alighieri, entre outras, espiche o pescoço pra dentro das salas e conte quantos alunos negros/as há . Aproveite, conte quantos professores são negros/as e quantos estão varrendo o chão;
3. Vá em hospitais tipo Sírio Libanês, enfie o pescoço nos quartos e conte quantos pacientes são negros, meta o pescoço a contar quantos negros médicos há, e aproveite para meter o pescoço nos corredores e conte quantos negros/as limpam o chão
4. Quando der uma volta num Shooping, ou no centro comercial de seu bairro, gire o pescoço para as vitrines e conte quantos manequins de loja representam a etnia negra consumidora. Enfie o pescoço nas revistas de moda , nos comerciais de televisão, e conte quantos modelos negros fazem publicidade de perfumes, carros, viagens, vestuários e etc
5. Vá às universidades públicas, enfie o pescoço adentro e conte quantos negros há por lá: professores, alunos e serviçais;
6. Espiche o pescoço numa reunião dos partidos PSDB e DEM, como exemplo, conte quantos políticos são negros desde a fundação dos mesmos, e depois reflitam a respeito de serem contra todas as reivindicações da etnia negra.
7. Gire o pescoço 180° nas passeatas dos médicos, em protesto contra os médicos cubanos que possivelmente irão chegar, e conte quantos médicos/as negros/as marchavam;
8. Meta o pescoço nas cadeias, nos orfanatos, nas casas de correção para menores, conte quantos são brancos, é mais fácil;
9. Gire o pescoço a procurar quantas empregadas domésticas, serviçais, faxineiros, favelados e mendigos são de etnia branca. Depois pergunte-se qual a causa dos descendentes de europeus, ou orientais, não são vistos embaixo das pontes ou em favelas ou na mendicância ou varrendo o chão;
10. Espiche bem o pescoço na hora do Globo Rural e conte quantos fazendeiros são negros, depois tire a conclusão de quantos são sem-terra, quantos são sem-teto. No Globo Pequenas Empresas& Grandes Negócios, quantos empresários são negros?
11. Nas programações das Tvs abertas, acessível à maioria da população, gire o pescoço nas programações e conte quantos apresentadores, jornalistas ou âncoras de jornal, artistas em estado de estrelato, são negros. Onde as crianças negras se veem representadas?
12. Enfiar o pescoço dentro das instituições bancárias e contar quantos negros são gerentes, quantos são caixas e quantos são faxineiros. (Margot Jung)
13. Nunca tive professores negros. Nunca fui consultada por médicos negros. Em contas bancárias, nunca tive gerentes negros. E muitos ainda insistem em dizer que em nosso país todos têm os mesmos direitos e oportunidades. Onde estão? (Priscila Gomes)
Aplique o Teste do Pescoço em todos os lugares e depois tire sua própria conclusão. Questione-se se de fato somos um país pluricultural, uma Democracia Racial e se somos tratados iguais perante a lei?!
* Você descobriu mais alguma coisa? Conte para o grupo
* * Este teste me foi ensinado pelo amigo Francisco Antero, e tenho adaptado no meu dia a dia. Foi assim que eu comecei a perceber todas as desigualdades existentes no meu país e mudei a minha opinião a respeito das Cotas Raciais para Negros e Índios.
http://www.pragmatismopolitico.com.br/2013/07/teste-do-pescoco-revela-racismo-no-brasil.html
5)      Debate sobre a maneira e a importância de trabalhar as relações étnicas no ambiente escolar.
6)      O mediador deve promover uma rodada de participações. 
Atividade 8 – 60 min         Avaliação  Atividade 9 – 60 min  Encerramento    
§  BIBLIOGRAFIA

• BRANDÃO, Ana Maria. Saberes e fazeres modos de ver. Vol. 1, 2, 3. Rio de Janeiro, Fundação Roberto Marinho. 2006.


BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade. Orientações e Ações para a Educação das Relações Étnico-Raciais. Brasília: SECAD, 2006

LIMA, Mônica. Como os tantãs na floresta: Reflexões sobre o ensino de História da África e dos africanos no Brasil. In: Saberes e fazeres, v.1 : modos de ver / coordenação do projeto Ana Paula Brandão. A cor da Cultuura - Rio de Janeiro : Fundação Roberto Marinho, 2006
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